domingo, 15 de julho de 2012

O melhor é estarmos todos muito caladinhos!

É sobejamente conhecida a expressão "o mundo é pequeno". No entanto, o significado de tão singela frase ganhou toda uma nova dimensão com o aparecimento do Facebook! E porquê? Porque se tornou muito comum ir ao perfil de alguém e ver que nos "amigos em comum" está aquela pessoa que conhecemos nas férias grandes do ano passado e que nunca mais voltámos a ver. E damos por nós a pensar "mas porque é que esta moça que mora em Freixo de Espada à Cinta é amiga deste meu colega de Faro? De onde é que eles se conhecem?" Isso já me aconteceu umas quantas vezes e dou sempre por mim a fazer um "rewind", para me lembrar se por acaso algum dia disse mal daquela pessoa em frente à outra (se se der o caso de não gostar muito da referida criatura). É um grande, grande problema. Claro que esse perigo sempre existiu, nunca foi uma boa ideia desatar a dizer mal do chefe só porque se pensa que ninguém ali o conhece, porque neste país (que é uma autêntica aldeia) há uma elevada probabilidade de andar por ali algures o primo do sobrinho do irmão dele e ouvir a conversa. Mas dantes uma pessoa permanecia na ignorância e não se preocupava muito com isso. Só que agora, meus amigos... Agora temos o Facebook, esse grandessíssimo sacana, a exibir-nos alegremente os "amigos em comum", como que a dizer "já falaste demais, não já, meu estupor?"

Já para não falar das amizades destruídas mesmo antes de terem começado, à custa deste problema: a pessoa conhece outra, dão-se bem, trocam nomes e números. Obviamente que a primeira coisa que se faz quando se chega a casa é... Ir procurar o perfil de Facebook! É mais importante do que o registo criminal nos dias que correm! Vai-se a ver e o nosso novo e adorável conhecido tem fotos com o seu grupo de amigos do qual faz parte aquela pindérica que nós não gramamos nem por nada. O pensamento que se segue é "O que, ele é amigo dela? Tsss, já estou a topar tudo, também deve ser um mete-nojo com a mania que é a última bolacha do pacote!"

E pronto, é assim. Facebook: a manipular vidas desde 2004 (é 2004, não é? Olhem, se não for, que se lixe! Também não há-de andar muito longe disso).

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