quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Foi bonito, mas passou-me depressa

Ontem, enquanto percorria as auto-estradas deste país no sentido sul-norte, não pude deixar de pensar como é bom voltar a casa, mesmo que a ausência tenha sido curta. E enquanto contemplava a paisagem que se ia modificando diante dos meus olhos, constatei que gosto muito de ir, mas também adoro voltar. Gosto de ver as planícies a dar lugar aos terrenos mais montanhosos. Gosto de ver a floresta de pinheiros bravos a substituir a de pinheiros mansos. Gosto de ver a cor do solo a alterar-se gradualmente e gosto de passar o Sado, o Tejo, o Mondego e, finalmente, o Vouga, até chegar ao lugar onde pertenço.

Inebriada que estava com esta espécie de nostalgia caseira, só no fim da viagem é que reparei que o filho-da-mãe do termómetro tinha descido 5ºC. E quando finalmente saí do carro para tirar as tralhas, senti uma rajada de vento que imediatamente me fez sentir desconfortável com os meus calçõezinhos de ganga e top fininho. O céu tinha muitas nuvens, demasiadas para meu gosto. O meu cantinho não correspondeu devidamente à minha silenciosa manifestação de amor e eu sou uma moça que não gosta de ser rejeitada desta forma, era o que mais faltava! Posto isto, estou a ponderar seriamente ir já a correr apanhar a carreira (adoooro a palavra "carreira") para voltar para os Algarves! Tem a enorme desvantagem de se avistarem mais ingleses do que portugueses nas ruas, o que é uma chatice, porque os ingleses não devem assim muito à beleza, são todos meios vermelhuscos, parece sempre que acabaram de apanhar uma piela e aquela visão do pequeno-almoço deles, com o bacon e os ovos mexidos logo de manhã, é coisa para me deixar um bocado agoniada. Mas pronto... Eu aceito as condições. Gosto muito da minha região, mas não me importava nada de ser algarvia de Junho a Setembro. Eu sei que seria assim uma espécie de prostituição meteorológica, mas sem dúvida que passava a ser uma pessoa mais feliz. E mais bronzeada, já agora.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Casas de quê?

E as saudades que eu tinha de um computador, hein? Tantos dias sem ver o meu bichinho! Estive até há 5 segundos atrás a dar-lhe beijinhos apaixonados, acho que até babei um bocado o teclado. Caraças, espero não o ter estragado. A quem esteja a perguntar "então mas não foram só cinco dias?", eu respondo que foram, sim senhora (infelizmente), mas o amor que tenho ao meu pc é tão grande que cada dia longe dele parece multiplicar-se por dez. No fundo, sou uma nerd.

Mas o meu objectivo para hoje não é vir falar-vos sobre o meu tórrido romance com o meu Shiby (o nome vem de Toshiba, não é muito original, eu sei, mas foi o que se arranjou). Eu quero é falar-vos desses estabelecimentos onde as pessoas vão comer e que dão pelo nome de casas de pasto. Uma pessoa anda à procura de um sítio para almoçar e eis que dá de caras com uma coisa que parece mesmo ser um restaurante. Tem a ementa à porta, a esplanada cá fora e o logotipo da Delta no toldo. Mas, surpresa das surpresas... Não é um restaurante! É uma casa de pasto! Ora, para a maioria das pessoas isto é apenas um outro nome que pode ser dado aos estabelecimentos que servem refeições, mas eu leio aquilo e só imagino que lá dentro vou encontrar um prado muito verde, cheio de vacas a ruminar com ar sonolento. E imagino também o empregado, vestido à leiteiro, a vir até à mesa e a perguntar "então, o que vai ser hoje? A erva está uma maravilha, fresquinha que só ela! Mas a palha também não está nada má". A sério, não é um nome nada convidativo. Nada mesmo! A língua portuguesa é tão rica, há tantos nomes que podiam ser usados sem ser esse... Restaurante, taberna, snack-bar... Há para todos os gostos! Não havia necessidade de lhes chamar casas de pasto! É que se um dia for comer a um desses sítios e alguém depois me perguntar "então, o que estiveste a fazer?", vou ficar muito tentada a responder "hmm... Ao que parece, estive a pastar".

sábado, 25 de agosto de 2012

Ah, só mais duas coisinhas antes de ir

1. Por favor, parem lá de gozar com a velhinha espanhola que restaurou aquela pintura de Jesus Cristo do séc. XIX. Está bem, eu admito que ficou uma bela caca e que a senhora não devia ter em tão grande conta as suas capacidades artísticas, mas ela tem 80 anos, pá!! Com 80 anos estamos todos cheios de sorte se conseguirmos segurar um pincel sem termos incontinência de esforço!

2. A SIC está a anunciar um livro qualquer de dicas para os putos terem sucesso na escola. Para além de muitas outros conselhos preciosos, diz que também ensina truques infalíveis para se ser o miúdo mais "cool" da turma. E eu pergunto: e se vários meninos da mesma turma lerem o livro? Qual deles vai ser o mais "cool"? Este livro ainda vai originar muita porrada pelas escolas deste país, ouçam o que vos digo.

Vá, vou acabar de fazer a mala.

Por acaso é uma coisa que me aborrece

O Facebook informou-me que daqui a não sei quantos dias vou passar a ter aquela porra da cronologia. Ora, eu estou obviamente muito chateada. E olhem que eu nem sou uma pessoa muito apegada às redes sociais e orgulho-me muito de não ser meu costume ir lá escarrapachar os pequenos acontecimentos da vida, do tipo "hoje o meu xixi está mais amarelinho do que o costume, estou muito apoquentada" (será que isto teria muitos "likes"? Hei-de experimentar), ou citações bonitas que apelam à lágrima fácil, acompanhadas das típicas fotografias de gatinhos abraçados a cãezinhos (coisa mais irritante, estou a ficar com urticária só de pensar nisso), ou ainda pormenores altamente interessantes sobre o meu dia-a-dia, do género "Estou no restaurante Zé Manel das Couves e esta cabidela está mesmo boa".
Mas irrita-me que façam estas coisas no MEU Facebook sem pedirem a MINHA permissão. Sim, porque aquilo é MEU, certo? Caso contrário, não precisaria de uma password pessoal para lá entrar. E eu escolhi ter Facebook porque gostava DAQUELE formato. Da mesma forma que, se for sempre à mesma pastelaria por gostar muito dos croissants de lá, não faz sentido o pasteleiro obrigar-me a comer tosta mista. É que ainda se eles tivessem pedido gentilmente, se me tivesse mandando uma mensagem a dizer "olha fofinha, dava-nos jeito que optasses pelo modelo da cronologia, que foi uma coisa inútil que nós inventámos num dia em que não tínhamos mais nada para fazer. Sim, nós sabemos que a ideia foi um bocado má, a bem dizer foi cocó em formato de rede social, mas sabes como é, uma pessoa tem de justificar o salário ao fim do mês. Ah, e já agora, vê lá se colocas mais fotos porque tens um sorriso lindo" e aí, meus amigos, aí eu até pensava com carinho no assunto. Mas assim, desta forma? Assim não dá! Sinto-me como se um estranho me tivesse entrado no quarto e me tivesse mudado a disposição dos móveis.

O que vale é que tenho ouvido dizer que aquilo é mais ou menos como as cuecas fio-dental: primeiro estranha-se e depois entranha-se. Ok, talvez não tenha sido boa ideia escrever "cuecas fio-dental" e "entranha-se" na mesma frase...

E agora com licença, que a dona deste blogue vai de férias. E, consequentemente, o blogue também. Mas não comecem já a festejar, meus malandrecos! Eu vou mas volto. Juro. E agora vou ali ao Facebook dizer que vou de férias.

Estou a brincar, não vou nada. Ao Facebook. De férias vou mesmo!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Objectivos de vida

Há pessoas que ambicionam ter um Ferrari...
Outras desejam chegar a chefes lá do escritório...
Há quem não imagine a vida sem se casar...
Há quem queira dar a volta ao mundo...
E há quem tenha o sonho de ser um grande jogador de futebol...

Eu?
Eu gostava mesmo muito de ter uma piscina.
"Uma piscina?", perguntam vocês. "E para que é que tu queres uma piscina? Para fazer natação todas as manhãs? Para suportar melhor os dias de calor? Para mostrar à sociedade que estás bem de vida?"

E eu digo-vos que não. Não tem nada a ver com nenhum desses motivos. Na verdade, eu quero mesmo muito uma piscina para poder convidar os meus amigos para irem para lá. "Oh, que nobre da tua parte, deves ser tão boa pessoa", dizem vocês, sensibilizados. Pois, mas na verdade não é esse o objectivo principal. Eu quero mesmo é espalhar pela dita piscina um daqueles produtos de detectar xixi antes de deixar o convidado lá entrar. E quando a piscina mudar de cor, meus amigos... Vai-me dar um gozo enorme gritar "APANHADO! Seu BADALHOOOCOOOO!"

Não que isso seja alguma coisa de especial. Afinal de contas, até o Phelps diz que alivia a sua bexiga na piscina... Mas pronto. Que ia ser divertido, ia! Pelo menos para mim, pessoa infantilóide e um tanto ou quanto débil mental.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Somos todos cientistas e nem sabíamos

Parece que um estudo da Universidade Estatal do Michigan, nos EUA, demonstrou que existem parasitas que podem provocar tendências suicidas nas pessoas por eles afectadas. Pfffffffffff, grande coisa! Nada que os portugueses já não soubessem há anos. Temos inclusivamente várias informações altamente seguras sobre esses bichos! Diz que pertencem à espécie governus palermus e o seu habitat natural é lá para os lados da Assembleia da República. Francamente, não era preciso terem posto os pobres dos americanos a pesquisar coisas que por cá já estávamos carecas de saber, que grande perda de tempo e dinheiro! Depois admiram-se que sejamos um povo pessimista, os estrangeiros estão sempre a tirar-nos o mérito das descobertas! Qualquer dia vem um camone qualquer dizer que descobriu o caminho marítimo para a Índia na semana passada e o mundo vai todo aplaudi-lo de pé. Cambada de marretas!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Isto dos estereótipos é uma coisa tramada

Muitas mulheres (eu incluída, admito) refilam frequentemente por causa daquela velha história do "ah e tal, se um homem papa muitas gajas é um garanhão, mas se for ao contrário a mulher já é uma oferecida e uma rameira e isso é uma grande injustiça!"

E é. De facto, é. Mas agora vamos por momentos abdicar do papel de donzelas ofendidas e pensar um pouco sobre este assunto, através de alguns exemplos que vos deixo:

Exemplo 1:
Mulher que conduz um bruto automóvel desportivo preto, carregando no acelerador a fundo: sim senhora, isto é que é uma mulher em condições! Destemida, corajosa, uma mulher de tomates!
Homem que conduz lentamente um automóvel azul bebé: PANISGA!

Exemplo 2:
Mulher sente-se triste e chora: oh, é tão sensível! Coitadinha, vamos todos dar-lhe um abracinho.
Homem sente-se triste e chora: PANISGA!

Exemplo 3:
Mulher que demonstra preocupação com a imagem, perdendo algum tempo a decidir o que vestir e a tratar do penteado: é uma pessoa briosa, que gosta de se cuidar e de se sentir bem consigo própria.
Homem que demonstra preocupação com a imagem, perdendo algum tempo a decidir o que vestir e a tratar do penteado: PANISGA!

Exemplo 4:
Mulher que não percebe nada de mecânica: e ela lá tem alguma obrigação de perceber?? Isso é coisa de homem!
Homem que não percebe nada de culinária: MACHIIIIISTAAAAA! Está de certeza à espera que a mulher seja sua escrava e lhe faça a comidinha todos os dias! Grandessíssimo filho-da-mãe, onde é que estão os papéis do divórcio??

Portanto, quer-me parecer que a situação até está mais ou menos equilibrada. Mas claro que esta minha opinião é para ser mantida em segredo, isto fica só entre mim e vocês! Perante o resto do mundo temos de continuar a passar a ideia de que somos umas injustiçadas e que os homens são todos uma cambada de machistas! Ou panisgas. Das duas, uma!

sábado, 18 de agosto de 2012

Não sei se sou pessimista ou apenas parva

Estão a ver aquelas redes que as pessoas prendem nas paredes ou nas árvores, onde depois se podem deitar e ficar lá a balançar? Eu tenho uma dessas no pátio cá de casa. É de referir que moro num meio rural.

Coisas que devia pensar quando me deito lá:
- "Aaaaaah, que booooom! Que relaxante! Vou ficar aqui a ler um livrinho enquanto ouço os passarinhos a cantar, ou então vou fazer uma sesta! Que bem que me vai saber!"

Coisas que realmente penso: 
- "Esta porra vai-se desprender e eu vou bater com os costados no chão".
- "Os pássaros vão todos cagar-me em cima".
- "Vou dormir de boca aberta e vai-me entrar uma mosca-varejeira pelas goelas abaixo".
- "Vou acordar com uma impressão na perna e vou concluir tratar-se de uma enorme centopeia a passear sobre a minha pele".

Conclusão: amo-te muito, meu querido sofá da sala. 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Fada dos Dentes, sua grande incompetente!

Eu fui uma criança que sempre acreditou piamente em todas as criaturas que me diziam existir. Assim, para além do pai-natal, eu também jurava a pés juntos que o coelhinho da Páscoa e a fadinha dos dentes existiam mesmo. Claro que isto apenas foi possível graças à acção da família, que me dava prendinhas em troca de dentes e todos os Domingos de Páscoa escondia ovinhos de chocolate no jardim, que eu, a mana e os primos íamos alegremente procurar a seguir ao almoço. Quatro ovinhos para cada um, ainda me lembro. Também me lembro que, por ser a mais nova e, portanto, a mais tansa, era sempre a última a encontrar os meus e a maioria das vezes precisava de ajuda. Que tristeza. Mas pronto, fui feliz. E se mais criaturas houvesse, em mais eu acreditava. Por falar nisso, quando é que inventam a fadinha da menstruação, hein? Acho que as meninas mereciam isso, uma prendinha para as compensar por todos os dias que vão ter de passar com aquela coisa. Assim um conjuntinho de lingerie ou um poster de um gajo bom para pendurar no quarto... Parece-me muito justo e às tantas ainda vou fazer isso às filhas que eventualmente venha a ter.

Mas pronto, o que eu quero mesmo contar-vos é a história do dia em que a fada dos dentes desceu na minha consideração. Após uma penosa noite em frente ao espelho, a balançar o dente para trás e para a frente e provocando uma sangraria a escorrer pelo lavatório ("és uma carniceira", dizia a minha mãe), lá consegui arrancar aquilo. E depois de o lavar muito bem lá fui eu colocá-lo debaixo da almofada, esperando ansiosamente pela manhã seguinte. Quando acordei, o que me esperava era... um pacote de chiclas (ou pastilhas elásticas, como o estimado leitor preferir). Torci o nariz. Não pela prenda em si, que elas até eram bem boas, Trident de laranja, ainda me recordo. Mas, quer-se dizer, tanta vezes me disseram que "ah e tal o açúcar faz mal aos dentes" e a fada que supostamente devia zelar pela minha saúde oral traz-me chiclas?? Ela não deve bater muito bem da cabeça... Mas pronto, desculpei-a. Afinal de contas sempre me tinham dito que ela era muito pequenina, não devia poder transportar coisas muito pesadas, tipo Barbies ou assim.

(Agora a sério mamã, eu compreendo que não tenhas tido alternativa. Dado que eu me agarrava violentamente aos dentes assim que os sentisse a abanar meio milímetro que fosse, compreendo que tenha sido uma situação de urgência e que tenhas tido de te desenrascar com o que havia lá em casa no momento).

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Este blogue está atento às novas tendências da moda

Tenho reparado que está a surgir um novo conceito de roupa feminina: o vestuário de auto-defesa! E o que é isto de vestuário de auto-defesa? É muito simples: são peças de roupa iguais a tantas outras, mas que têm incorporados elementos que podem ajudar uma mulher em horas de aflição. Por exemplo, este casaco que vos mostro na imagem seria muito normalzinho, não fosse o facto de ter uns espetos lá cosidos. E isto pode ser extremamente útil! Vamos imaginar que um qualquer bandido, pensando que somos donzelas frágeis e indefesas, vem em direcção a nós prontinho para nos atacar. Nesta situação, tudo o que temos de fazer é correr para ele com toda a força e espetar-lhe com o casaco no olho. Ou onde bem nos aprouver, que isto a vida é mesmo assim, cada um espeta onde bem entende. E pronto, assunto resolvido! Apoio totalmente esta ideia e vou já amanhã à Zara buscar o meu! Espero que a moda pegue. Isto daqui até inventarem camisolas que dão mordidelas é um passinho!


domingo, 12 de agosto de 2012

É quase incontrolável

De cada vez que vejo um papel afixado num restaurante a dizer "HÁ FÊVERAS" apetece-me mesmo muito ir lá riscar e escrever por cima "FEBRAS".
A sério, "fêveras" não me soa bem. Naaada bem.

E agora com licença, que tenho de ir ali buscar um palito para conseguir tirar esta fêvera que tenho aqui entre os dentes. Perdão, febra.

(Se calhar podia ter acabado o post de forma menos nojenta...)



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

E por falar em Maya e horóscopos e tal

Ontem comprei uma revista de gajas para passar o tempo enquanto esperava que a minha mãe saísse do cabeleireiro. Sim, eu sei que uma pessoa culta e erudita como eu devia mas era ler o Jornal de Notícias, mas estou de férias e portanto tenho o direito de encher a cabeça de porcaria (não é que a dita cuja não esteja já cheia dela, mas a porcaria é como os amendoins, há sempre espaço para mais). Como seria de esperar, o conteúdo da revista baseava-se em 80% de artigos sobre sexo e 20% sobre outras coisas. E eu devia ter calculado isto e devia ter pensado que depois de eu a ler a minha mãe ia pegar nela para ler também. Ninguém me manda ser parva.
Não é que eu tenha problemas com isso, que a minha mãe é uma mulher moderna e até já fez duas filhas e tudo, portanto deve saber mais ou menos como é que a coisa funciona... Aquilo que realmente me apoquentou foi o momento em que a vi dirigir-se a mim com a revista na mão, ao mesmo tempo que dizia "olha, tem aqui um artigo sobre os signos... Vamos cá ver se bate alguma coisa certo" e começa alegremente a ler o meu. Eu já me sentia a corar por todos os lados, fartinha de saber que aquilo tinha um parágrafo só sobre... Pois, adivinharam, sobre sexo, e não me estava a apetecer nadinha ouvir a minha própria mãe a ler o que para lá estava escrito sobre o meu suposto comportamento sexual. E ela lá continuava "olha, isto até é verdade, mas isto não tem nada a ver"... Até que... "Ora... Eeeerr... Sexo... Bem, sobre isto não me posso pronunciar, vou passar à frente".

Obrigada, mamã. Obrigadinha.

20 de Agosto será um dia triste para todos nós

Diz que vão estar de volta as Cartas da Maya.

Isto até seria divertido se não houvesse tanta gente a acreditar nas baboseiras que ela diz. Mas há. Portanto, o que podia ser divertido passa a ser apenas deprimente. E com isto ocorreu-me que se tivesse uma empresa e precisasse mesmo de despedir pessoas, não as despedia. Chamava a Maya para dizer aos meus trabalhadores "oh meu bom amigo, vocês não tem futuro neste emprego" e as pessoas despediam-se sozinhas. Acho que a Maya leva caro, mas sempre devia ficar mais em conta do que as indemnizações.

Agora a sério, gente. Não deixem que pessoas burras vos "emburreçam" também. Confiar na Maya para decidir o vosso futuro é o mesmo que escolherem uma gaja chamada Marlene Vanessa para ser vossa conselheira de imagem. Uma pessoa vê logo que é coisa para não dar bom resultado!

E agora com licença, que está o Cláudio Ramos a falar na televisão e eu tenho de ir ouvir o que ele está a dizer. Naaah, mentirinha. Vou mas é para a praia.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Preciso urgentemente

De uma lâmpada como aquelas que existem a iluminar os provadores das lojas de roupa. Não sei que raio de luz mágica (e vil e maléfica e filha-da-mãe) é aquela, mas eu ia jurar que tinha tirado todos os pelinhos a mais que se encontravam nas minhas lindas sobrancelhas e quando hoje entrei num desses cubículos tive vontade de dar um grito horrorizado e mandar um saltinho de susto para trás quando olhei para o espelho. A sério, eu juro que não tinha aqueles pêlos quando saí de casa! Aquela coisa faz aparecer em nós defeitos que não temos. Aqueles pontos negros também não estavam lá hoje de manhã, JURO!

Senhores das lojas, sabem que isso não é bom, certo? É suposto terem espelhos e luzes que nos façam parecer mais magras e com a pele mais lisa, percebem? Garanto-vos que passam a vender muito mais se seguirem o meu conselho. Seus tapadinhos, é preciso explicar-vos tudo, não são capazes de lá chegar sozinhos! Mas pronto, para casa preciso de uma luz dessas. Para conseguir fazer a porra das sobrancelhas decentemente antes de meter o pé na rua. Pai-natal, estás a ouvir-me? Esquece aquele cinto de fazer abdominais, o que eu quero é mesmo isto. Mas vais ter de te antecipar, porque preciso disso assim para... AGORA! Percebeste? Não te vou deixar bolachinhas com leite ao pé da chaminé, mas tens barras de cereais no armário, se quiseres. É que não sei se alguém já te disse, mas estás um bocado badocha.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Estas notícias matam-me

Preparem-se, que isto é uma bomba: li hoje num jornal que os portugueses têm andado a depositar menos dinheiro no banco nos últimos meses. Estou que não posso de tanto espanto, não estava nada à espera disto! Já não ficava tão admirada com uma notícia desde que li aquela que dizia que as mulheres fazem mais dietas antes do Verão. Precisei de uns dias para assimilar tal revelação. Estes jornalistas brincam com o coração de uma pessoa, a sério, não se faz! Quer dizer, está bem que o povo tem de ser informado, mas deviam pôr um aviso na capa, uma coisa do tipo "as páginas que se seguem contém notícias capazes de chocar os leitores mais sensíveis" ou assim... E dessa maneira uma pessoa já sabia para o que ia! Mas a malta abre o jornal enquanto toma o primeiro cafézinho do dia e depara-se com isto! Acho muito mal!

Sinceramente agora até fiquei com medo de ler as publicações informativas. Qualquer dia aparece-me qualquer coisa do género "estudos estatísticos comprovam que portugueses colocam mais cobertores na cama durante o Inverno" e aí então é que é o choque total. Eu não aguento isto. A sério, não aguento!

domingo, 5 de agosto de 2012

Tenho todo o gosto em ajudar os meus leitores

Para a pessoa que chegou aqui porque pesquisou no Google "frases para pessoas que me irritam" tenho várias sugestões que pode eventualmente aproveitar. Não é que eu seja agressiva ou que queira apoiar guerras, nada disso. Eu sou doce como uma compota de morango, mas quem se mete com os meus leitores mete-se comigo! Sou uma blogger-galinha!
Pronto, agora que já vos engraxei um bocadinho posso voltar ao tema principal. Então aqui vão algumas ideias:

- O tradicional "fuck you", já experimentou? É simples, mas funciona muito bem. Não complique, caro leitor! Claro que também pode (e deve) optar pela versão em português, mas um palavrão dito em inglês é sempre mais leve e mais chique, e isto é um blogue cheio de classe, como se sabe.

- "A frescura da tua estupidez congela-me". Esta tem um particular significado para mim, já que a minha irmã costumava brindar-me com ela quando eu tinha 8 anos e ela tinha 15. Lembro-me de ter ficado a gaguejar da primeira vez que ela me disse isso, tentando inutilmente dar uma resposta. Depois habituei-me. Se a pessoa que irrita o caro leitor tiver o potencial intelectual de uma criança de 8 anos, esta é bem capaz de ser uma boa opção.

- "Tens a sensualidade de um piaçaba". Para além de o objecto em si ser muito feio, é também uma maneira subtil de fazer uma associação entre caca e a pessoa em causa, portanto também me parece uma boa ideia.

- "Se pudesse mandava-te para o Triângulo das Bermudas numa jangada sem remos". Esta é particularmente útil se a pessoa for pouco dotada de inteligência e cultura. Eventualmente vai pensar que "Triângulo das Bermudas" é uma loja que vende calções.

Porém, se a pessoa que irrita o leitor for claramente maior/mais forte... Esqueça este post, sim? Aprenda a amar e a dar a outra face, que isso é que é bonito! Sabe como é isto da vida, uma pessoa tem sempre de engolir alguns sapos!

sábado, 4 de agosto de 2012

Se fossem mas era apitar para o raio que vos parta...

Irritam-me pessoas stressadinhas na estrada. Irrrriiitam-me mesmo, assim com muitos r's! Devem achar que só elas é que estão interessadas em chegar a algum sítio e que os outros todos andam simplesmente a passear para gastar combustível,  porque ele está muito barato, como toda a gente sabe. E então, vá de fazer poluição sonora e apitar como se não houvesse amanhã. Demoras mais que meio segundo a arrancar quando o sinal fica verde? Pimbas, apitadela! Abrandas à entrada na rotunda porque pensavas que o carro que lá estava ia dar a volta e afinal não deu? Toma lá uma apitadela que é para não seres lorpa. E isto a mim é coisa para me eriçar os pelinhos todos. Apetece-me logo abrandar ainda mais, dizer adeus a quem passa, testar os travões, ou ir simplesmente a apreciar a paisagem, tranquila da vida. E os stressadinhos que esperem. Ou então que abram as portas do carro, a ver se ele voa! Cambada de nervosinhos... Como diria uma amiga minha, sosseguem a passarola, sim?

Preciso de me acalmar

Não sei se já referi aqui, mas sou uma pessoa muito leal (é neste momento que aparece uma luz branca e forte à minha volta, ao mesmo tempo que surge uma auréola por cima da minha cabeça, estão a ver a cena?). Essa lealdade aplica-se também às marcas dos produtos. Assim, o meu leitinho é sempre Mimosa, o patê de atum tem de ser Pingo Doce, as pizzas são as da Auchan e os "cordon bleu" do Continente enchem-me o coração (e o estômago também).
Vai daí que no outro dia estava muito descansadinha da vida a olhar para a televisão quando vejo o anúncio do ketchup da Heinz, que acaba com um senhor a dizer qualquer coisa do tipo "O ketchup da Heinz é o melhor ketchup do mundo". Foi nesse momento que me levantei e fui a correr em direcção ao aparelho, de faca em punho enquanto gritava "NÃÃÃÃOOOO! O melhor ketchup é o da Calvéééé!". É que isto de me dizerem que o melhor ketchup é o da Heinz é coisa para me deixar nervosa. Entretanto fui levar com uns electrochoques, a ver ver se a coisa se compunha. Pelo sim pelo não, mandei também dois pares de estalos a mim própria (toda a gente devia auto-esbofetear-se de vez em quando, o mundo seria um lugar muito melhor!). Fiquei logo muito mais calma.

E pronto, aqui está uma história que por acaso não é verdade, mas até podia ser! Tirando a parte dos electrochoques, que infelizmente não tenho nenhuma máquina dessas cá em casa. O que é uma grande falha, então a malta até já tem em casa máquinas que fazem o jantar sozinhas e não tem máquinas de electrochoques porquê? Está maaaaal!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O segredo é a alma do negócio...

... Mas como eu não tenho negócio nenhum posso contar-vos a ideia que acabei de ter e que não hesitaria em aplicar se fosse dona ou funcionária de uma loja de roupa. Simples, económica e aposto que as vendas iam disparar! Então é assim, quando uma cliente roliça chegasse ao pé de mim e dissesse "Olhe, por favor, não tem este vestido em tamanho XL?" eu faria o meu melhor ar de espanto, seguido de uma bem ensaiada expressão de dúvida enquanto perguntava "Quer mesmo o XL? Oh, acho mesmo que lhe vai ficar largo... Tem a certeza que o seu tamanho não é o L?". Depois, quando a senhora, toda sorridente, fosse experimentar o L (que obviamente não lhe serviria) eu diria, de forma muito convincente e um tanto ou quanto indignada "Credo, esta marca faz tamanhos mesmo pequenos, como é que o L não lhe serve?? E depois queixam-se que as miúdas têm a mania das magrezas!". E pronto, lá lhe passava o XL para a mão, ela ia toda contente experimentá-lo, servia-lhe, comprava e ficávamos as duas muito felizes.

Quanto apostam em como ganhava logo ali uma cliente para toda a vida, hein? Eu tenho alma de vendedora, é o que é! Até estive mesmo para pegar no telefone e ligar para a faculdade a cancelar a matrícula no meu curso, mas depois lembrei-me que estamos em Agosto e eles eram capazes de não atender, de maneira que fiquei quietinha. Mas foi só mesmo por isso!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Momento "Vou chorar baba e ranho" do dia

Aperceber-me de que no congelador há crepes, mas não há gelado.
A sério, para que é que uma pessoa quer crepes se não tem gelado para os rechear?
É como ter um carro e não ter combustível. Se bem que assim de repente até me consigo lembrar de uma ou duas coisinhas giras que se podem fazer num carro, mesmo sem o combustível... Agora, crepes sem gelado é que não dão para nada!

Estou triste. Muito triste. Respeitem a minha dor... Ou então mandem-me uma embalagem de 1L, sim? Pode ser de qualquer sabor, não sou esquisita. Ah, menos noz. Não gosto de gelado de noz. Nata também é um bocado sem graça, mas a coisa disfarça-se com um bocadinho de chocolate quente por cima. Se quiserem ser mesmo fofinhos p'ra xuxu, mandem-me também uma banana, que eu gosto muito de pôr rodelas de banana nos crepes e cá em casa não há. E eu gosto muito de banana. Para pôr nos crepes, já realcei, não já?

Ambições da minha infância

Lembro-me de ter 6, 7 e 8 anos e de tentar desesperadamente beber como os cães. Assim a ir buscar directamente a água ao copo com a língua, estão a ver? E observava atentamente os cães da minha tia para ver como é que eles faziam, o que é que eles tinham que eu não tinha. Foram momento de luta inglória! Sofri muito. Sniiiifff!

(Secretamente, ainda tenho esse sonho. Mas shiuuu, não contem a ninguém!)

A essência de ser gaja

O meu porta-moedas, o meu lindo e amado porta-moedas faleceu. Que é como quem diz, rompeu-se-lhe o forro da bolsa das moedas. Resultado: ultimamente quando ia às compras, na hora de pagar saltavam moedinhas por todo o lado, tipo pipocas (ainda devo ter feito algumas pessoas felizes). Ainda não tive coragem para lhe fazer um funeral decente (ou seja, deitá-lo fora), mas já dei um passo muito importante para superar a perda: comprei um novo.
Portanto, tinha várias opções disponíveis para substituir o falecido:
- Um super giro, lindo de morrer, mas com relativamente pouca arrumação.
- Um mais-ou menos-giro-mas-um-bocadinho-sem-graça com um espaço espaço espectacular para guardar cartões e o dinheiro.
- Um sem grande piada, mas baratuxo (estava em saldos) e com uma arrumação decente.

Como boa gaja que sou (note-se que eu disse "boa gaja" e não "gaja boa" não desatem agora a dizer que sou uma convencida!... Não é que seja mentira, mas eu sou uma pessoa modesta) claro que trouxe o primeiro. É muito giro, apetece-me dar-lhe beijinhos! Não tem grande espaço para guardar os documentos, mas eu cá me hei-de arranjar. Agora é que eu vou fazer lindas figuras em frente aos revisores da CP "espere aí, espere aí que eu tenho o bilhete aqui guardado, só que agora não estou a ver muito bem onde o enfiei, deve estar aqui entalado algures entre a carta de condução e o cartão daquela loja à qual nunca vou, mas eles deram-me isto e tenho pena de deitar fora, mas espere mais um bocadinho que eu estou quase a encontrá-lo". Cheira-me que eles vão perder a paciência e vão dizer "deixe lá, menina, eu acredito que não esteja a viajar ilegalmente... Mas para a próxima guarde o bilhetinho no bolso, sim?"

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A minha extensa lista de agradecimentos

Com esta coisa do Mestrado Integrado (obrigada, Bolonha) e o curso a chegar ao fim, chega também a altura de começar a alinhavar a tese de mestrado. E nas primeiras páginas da tese aparece sempre aquela parte comovente e tocante destinada aos agradecimentos, em que homenageamos aqueles que nos apoiaram ao longo do curso.
Eu já andei a pensar nisso e sinto que há uma data de entidades a quem devo agradecer, porque foram e são essenciais ao meu bom rendimento escolar, mas tenho medo que os professores que a vão ler pensem que sou tolinha (mentira, como é óbvio) e não quero arriscar (porque por acaso gostava muito de acabar o curso e poder exercer sem ser enviada para uma clínica psiquiátrica antes disso). Portanto, vou aproveitar o meu singelo e humilde blogue para dirigir um sentido "obrigada" a quem o merece:

- Aos criadores da Nespresso e, em particular, a quem inventou a promoção através da qual comprámos a nossa cá para casa há uns anitos atrás e, ainda mais em particular, a quem inventou o café. Sem cafeína eu jamais teria passado do 1º ano.
- Aos senhores do Pingo Doce, por produzirem atum bom e barato, ideal para misturar rapidamente com massa e ketchup. Comer torna-se uma necessidade secundária durante as épocas de exames.
- Aos cantores de música parola, em especial aos Los del Rio (grupo que canta a fantástica Macarena). Concentro-me imenso ao som dos vossos êxitos.
- Às televendas, companheiras de muitas noites sem dormir (note-se que vos estou a fazer publicidade, portanto se quiserem ser bonzinhos enviem-me aquela frigideira 100% anti-aderente que vocês dizem que é o máximo. Sempre quis ter uma).
- Ao Facebook: sempre que estou desesperada com uma cadeira, basta-me ir lá e encontro logo meia dúzia de actualizações de estado que denunciam sempre pelo menos meia-dúzia de pessoas tão aflitas como eu, gerando-se uma onda de solidariedade entre nós.
- Ao álcool, com quem sempre comemorei o final das épocas de estudo em jantares animados. Uma óptima maneira de fazer reset a tudo que andei a estudar durante meses.

Pronto, os agradecimentos estão despachados! Só falta fazer o resto da tese, mas isso é a parte mais fácil...