sexta-feira, 1 de junho de 2012

Biquínis: os bodes expiatórios de (quase) todas as mulheres

É sempre a mesma coisa, de cada vez que vou a uma loja para comprar um biquíni. Foge-me a atenção para um e olho para ele com ar desconfiado, a medo, como se de um perigoso inimigo se tratasse, enquanto penso "espero que não me faça muito gorda...". Ora, a bem dizer, isto é estúpido. Porque se há peça de roupa sincera e honesta, é o biquíni. Não mente, não finge, mostra apenas aquilo que há para mostrar. Mas, como em tudo na vida, quem se lixa é o mexilhão e de nada lhe serve ter este bom carácter, porque acaba sempre por levar com as culpas. "Credo, este biquíni faz-me parecer uma baleia!". Pois claro, é o biquíni. Não é a celulite a acusar a falta de caminhadas. Não são os vestígios de incontáveis pacotes de Oreo enfiados no bucho. É o biquíni, esse grande filho da mãe, ingrato, anda uma pessoa a dar tanto dinheiro por ele para ele depois nos fazer destas coisas.

O que me reconforta é saber que não sou a única a ter estes pensamentos. E pronto, mais vale culpar a malfadada peça de vestuário, afinal de contas só temos de conviver com ela durante uns dois/três meses por ano... Connosco próprias temos de levar o ano inteiro, pelo que me parece muito mais cómodo e inteligente centrar o ódio naquelas duas pecitas de pano. "A culpa é do biquíni, que me aperta a barriga e faz saltar o pneu", vamos nós continuar a dizer, enquanto seguramos nas mãos uma enorme taça de gelado. E ir correr? Até ia, mas está muito calor. Amanhã, pode ser?


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