domingo, 17 de junho de 2012

Eu em versão Nuno Luz (mas mais sexy)

Já sei que o assunto está batido, mas se toda a gente anda por aí a falar sobre o Euro e a Selecção porque é que eu também não posso proferir algumas eruditas palavras sobre o assunto, hein??

Então lá nos apurámos, não é verdade? É bom, é bom. O Cristiano marcou dois e passou de besta a bestial. O Nani jogou bem que se fartou mas não marcou, que estúpiiidoooo, devias ir para o banco, seu mancooooo! Incrível esta nossa capacidade tão portuguesa de fazer as pessoas passarem do 8 ao 80 e vice-versa numa questão de segundos. Pior ainda, pessoas que nos representam. Pessoas que são nossas. E os jogadores da Selecção são nossos. Jogando melhor ou pior, são nossos. Pois claro que têm a obrigação de desempenhar bem a sua função e estão a ser pagos para isso mesmo. Mas não nos fica bem enquanto nação e aos olhos do mundo estarmos sempre a pôr para baixo quem nos representa. E que o Messi é que é o melhor do mundo, o Cristiano não presta para nada. E por falar em Cristiano, como é que querem que ele jogue tão bem na Selecção como no Real Madrid? No Real ele está rodeado por um plantel de luxo. Para além de que é lá que joga a maior parte do tempo, está muito mais habituado a comunicar com os colegas de lá, está muito mais familiarizado com a sua maneira de jogar. Não se pode exigir que seja igual nos dois contextos.

Neste momento somos um país fragilizado, encolhido e humilhado e os campeonatos de futebol são uma maneira de nos afirmarmos perante a Europa, de nos destacarmos por bons motivos, para variar. É natural que agora, mais do que nunca, se deseje uma boa prestação no Euro, é uma maneira de irmos sarando algumas das feridas no nosso orgulho. Mas nem só de vitórias vive esse orgulho e se há coisa que achei bonita foi ver os adeptos irlandeses a apoiar fervorosamente a equipa no jogo contra a Espanha, quando perdiam por quatro golos. Fiquei com uma óptima impressão dos irlandeses, melhor do que aquela com que ficaria se eles tivessem ganho o jogo por cinco a zero. Respeitei muito a sua atitude, o seu patriotismo. E recorde-se que aquilo lá pelas Irlandas também não prima pelo sucesso económico, recorreram primeiro que nós ao FMI... Mas mantiveram-se firmes a apoiar a SUA selecção... Gostava mesmo muito de ver o mesmo orgulho aqui em terras lusas. Mas pronto, agora não é hora de falar em hipotéticas derrotas... 5ª feira há mais!


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