sábado, 21 de abril de 2012

Coisas que vou morrer sem saber - Capítulo 1

Qual é a sensação de ter mamas grandes. Isto partindo do princípio que não me vou pôr a gastar dinheiro com silicones. Nada contra, acho que o silicone é um adereço tão legítimo como o lápis preto para os olhos ou baton para os lábios. Mas, sei lá... Acho que não me ia sentir muito bem quando um qualquer marmanjo (ou marmanja, que este blog é contra a discriminação) se virasse e dissesse "Eh pah, garina, mas c'a ganda par que tu tens!" (nota: imaginar o autor do piropo com uma unha tamanho XXL no dedo mindinho e rodando habilidosamente um palito na boca). Ia sempre sentir-me a enganar a malta, pensando "eeerrr, pois... Isto não é beeeem meu...". Teria aquela sensação de estar, por assim dizer, a burlar o consumidor e a DECO já tem muito que fazer, não precisam de mais queixas em cima da secretária. Eu admito que isto seja uma filosofia de vida um bocado estúpida, mas também não foi à toa que baptizei o blogue assim e portanto não me sinto mal, porque eu avisei. Mas adiante. Isto de ter mamas pequenas é um factor de exclusão social tão valorizável como qualquer outro. Senão vejamos:

- Nunca vou poder dizer com ar extremamente consternado o quão desconfortável é fazer desporto sem estar a usar um bom soutien (mas também nunca me hão-de ver a dar balúrdios por um soutien desses, pimbas!.. Até porque desporto não é uma cena que me assista muito).

- Nunca me vou poder queixar do quão violada me sinto perante os rebarbados que olham com ar esfomeado para o meu decote (quando muito, olham com ar de gozo. Ou de pena. Snif!).

 Não me vou pôr a pensar em mais argumentos, se não fico deprimida e ainda me dá para criar a AAMCMP (Associação de Apoio à Mulher Com Mamas Pequenas). Seria uma bonita obra de acção social, mas também era coisa para me dar trabalho e, como tal, dispenso. Amanhem-se! Eu também já vivo com mamas pequenas há quase 24 anos e tenho-me aguentado estoicamente!


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