sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Conversas caseiras (ou como as mulheres são complicadas)

Eu: Mãe... Estive a pensar e, após um longo período de meditação, concluí que se passa algo muito injusto nesta casa.

Mãe (com ar assustado): Ai... O que é?

Eu: Então... Tu tens direito a quatro armários para guardar a tua roupa e eu só tenho um... Se puser lá a roupa de Verão e de Inverno fica tudo muito apertadinho! Preciso de mais espaço!

Mãe (a rir-se): Aaaaaah, mas isto não é assim... Eu tenho o dobro da tua idade! Acumulei o dobro da roupa ao longo dos anos!

Eu: Então devias ter apenas dois armários! Não quatro! E além disso, que raio escondes tu dentro deles? Nem sequer compras muita roupa!

(neste momento a minha mãe deve ter achado que a estava a acusar de guardar cadáveres dentro dos armários cá de casa, porque se apressou a fazer-me uma tour guiada pelos ditos cujos):

- Ai, queres saber o que guardo, queres? Então anda ver, anda! Olha, este casaco era de quando estava grávida de ti! Agora está-me grande e muito velho, mas tenho pena de o pôr fora... E este aqui era de quando tinha 25 anos! Era tão bom este casaco... Na altura custou um dinheirão! Por isso também não tenho coragem de me desfazer dele... Este aqui nunca o usei, não gosto de me ver com ele, mas está tão novo que ando a guardá-lo... Pode ser que o queira usar um dia destes. Ah, e este aqui está um bocado fora de moda, mas ainda tenho esperança que se volte a usar! E este blusão de cabedal era a minha peça de roupa favorita quando andava na faculdade! Tenho muita pena que nem tu nem a tua irmã tenham querido usá-lo... Vês como era tão magrinha?
...

Eu estava prestes a reclamar, mas depois lembrei-me que também eu guardo algumas peças apenas porque as usei em determinadas ocasiões felizes ou marcantes. Ser gaja às vezes cansa-me! Ninguém me arranja uma pilinha, por favor? Vá, não é nesse sentido, seus depravados! Mas é que me dava mesmo jeito ser homem de vez em quando. E, além disso, sempre sonhei poder fazer xixi de pé.

13 comentários:

  1. Eu também guardo muita tralha...mas um dia de vez em quando dá-me a travadinha e faço cada limpeza nos armários!!!

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  2. Muito me ri quando pediste para alguém te arranjar uma pilinha...!!! A minha mente depravada pensou logo noutras coisas... Mas tu podes fazer chichi de pé, podes ter o azar é de molhar as pernas mas isso são pormenores... Ser homem também não é fácil, andar de barba feita e estar sempre atento a alguma coisa nova que vocês tragam, senão dizem logo que nem prestamos atenção a nada...

    ehehehehhehe

    Kiss**

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  3. Eu também sou daquelas que gosta de guardar tudo, mas tenho a minha rica mãe que, de vez em quando, dá a minha roupa sem pedir autorização. Já deu peças tão boas, que até me apeteceu chorar. Enfim, há mães para tudo! :D

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  4. Eu tenho algumas peças que não deito por fora precisamente por ter usado em certos momentos mas a tua mãe exagera ahah. O único lógico é de quando estava grávida de ti. Ela pode ser dar a instituições (:

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    1. Por ter guardado 3 casacos de momentos especiais? Provavelmente teve imensos em 40 e tais (suponho) anos de vida ;) É normalíssimo.

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  5. Oh meu Deus, lá em casa é tão igual!
    E eu ainda acrescento quando o Mais Que Tudo pergunta para quê tanta coisa; ainda se pode voltar a usar!

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  6. LOOOL, como te compreendo. Mas podes sugerir-lhe aquelas lojas que compram roupa usada. Assim ela pode fazer algum dinheirito e comprar umas roupitas novas :P

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  7. Não há presente sem passado...
    Quanto a pilinhas... só mesmo daquelas, das tais... no sentido da depravação total. eheheh

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  8. dava muito jeito ser homem certas vezes, muito mais prático :p

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  9. Isso de guardar roupa só porque sim é algo que não entendo. Mulheres... :)
    Eu, melhor, a minha mãe só guardou duas roupas minhas, um casaco de cabedal de quando tinha 5 anos e a minha roupa da primeira comunhão.
    De resto, se deixo de gostar ou de usar, vai para doar.

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  10. Quanto ao fazer xixi de pé, é uma questão de prática ;)
    Quanto à tua mãe, entendo-a perfeitamente! Sou assim também. Guardo, por afecto. Não tenho de ser eu a voltar a usar, mas outra pessoa qualquer pode, um dia, achar-lhe graça. Eu gosto delas velhas mesmo ;)

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